3.2.12

boca-de-lis:

Oh Fran..
Quando chegares a casa vais encontrar esta folha de papel, já meio amachucada, em cima da mesa da cozinha, com este recado de mim para ti. Mesmo que venhas cansado, lê até ao fim. Eu sei que hoje é um dia como qualquer outro, mas quero que não te esqueças de que aquilo que vivo contigo, não viverei nem quererei viver com outra pessoa. Quando o mundo diminuiu consideravelmente, foste o único que conseguiu descer ao meu patamar e puxar-me para cima. Não no sentido literal, mas lá com uma história dos sentimentos que, mesmo que eu desconfie que tu já a conheças, um dia posso contar-ta outra vez. O amor renova-se. A amizade renova-se. Os laços renovam-se. Não podemos criá-los e deixá-los estar, não podemos amar e deixarmo-nos estar. Não podemos ter alguém connosco, e deixá-la estar, deixar que ela nos deixe estar. Os laços que criei contigo quando te conheci não são os mesmos que aqueles que nos ligam agora, não podiam ser. Acho que é muito importante irmos falando destas coisas, e eu sei que tu também gostas de quando temos conversas assim. Hoje vou para Lisboa a tarde inteira, só volto à noite. Tu chegas muito antes de mim. Não sei o que vais fazer hoje, provavelmente tens trabalho para fazer. Mas não te deites sem eu chegar. Se puder ser, eu quero que esperes por mim. Espera por mim, que vou trazer no bolso todas as luzes e silêncios de Lisboa, só porque gosto de ti.

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