11.9.11


averto:

(by marrymerrymarie)
Sai da frente. Eu preciso de avançar. Sai. Eu preciso de ficar. Agora sai. Sozinha. Não aguento ter-te aqui. Prometo que depois te quero de volta, o mais depressa possível. Prometo que depois te explico, e te peço para voltares. Porque eu quero mesmo que voltes. Eu só quero que percebas que agora não podes ficar. Sai. Agora, não dá. Sai. Eu preciso de ficar sozinha. Só comigo. Estou a sufocar, não aguento mais ter-te aqui a este ritmo. Volta depois. Desculpa. Ou não. Mas sai. Preciso de espaço para mim, de tempo, de ar, de mim sem ti para perceber. Preciso de perceber quem sou sem ti, até onde vou se não te tiver. Talvez seja por isso que às vezes sinto necessidade de me isolar de ti, mas depois eu volto. Volto sempre, porque mesmo que o tempo passe a conclusão a que chego não muda: custa-me viver sem ti. Mas haverão sempre aqueles momentos em que terei de aguentar, porque me faz melhor. Preciso de me recolher, de ser só eu, de conversar comigo. E sabes, por mais que uma mão te agarre com força, há sempre coisas que são só tuas. Sentimentos que preferes esconder, verdades que preferes não dizer. Há uma parte que tem que ser sempre tua, mesmo que confies tudo o resto a outra pessoa. Mesmo que te dês e que a outra pessoa se dê. Mesmo que gostem muito uma da outra, mesmo assim. São coisas, apenas coisas, que preferes guardar para ti porque se se saírem para fora de ti, tu corres o risco de te perder.

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