8.9.11


novemberists:

(by .orphin)
Olá, pequenina. Há imenso tempo que não te vejo, e tenho mesmo saudades tuas. Sabes, às vezes volto a abrir a pasta onde tenho as nossas fotografias, e tenho ainda mais saudades. Porque o teu sorriso e o meu eram felizes um com o outro, de verdade. Porque nós estávamos sempre bem, só porque estávamos juntas e sabíamos que no que dependesse de nós nunca iríamos deixar de estar. Mas não dependeu de nós. Dependeu do tempo que passou e das circunstâncias, que trouxeram uma força maior do que nós para nos separar. E agora tu estás aí, e eu estou aqui. Vivemos relativamente perto e encontramo-nos de vez em quando, mas o resto foi-se com o vento, não voltou. Há coisas que mudam, e que ninguém pode trazer de volta. Foram levadas por algo mais forte. E já viste bem a força que tudo isto teve que ter para ser maior do que nós? Da última vez que estivemos juntas, percebi que tanta coisa mudou. Crescemos. E eu gosto muito de nos ver crescer. Gosto de perceber que afinal não estou tão longe de ti, que ainda te percebo, e sobretudo que ainda te conheço e tu me conheces a mim. Gosto de perceber que o teu sentido de humor ainda não desapareceu, que o teu sarcasmo está grande e um menino bonito, que o teu coração está cada vez maior e não rebenta. Gosto de ti, que tens tantos segredos por contar, mas que não precisas de me contar tantos outros, porque eu sei. Porque eu sei mais de ti do que me disseste em palavras. Porque eu te conheço a ti, porque eu gosto de ti, que me dizes parvoíces e me dás beijinhos logo a seguir, que te ris comigo até a doer a barriga, que me dás o braço para andarmos lado a lado. Para sermos nós, depois de tanto tempo, de tanta coisa, sorrisos, gargalhadas, choros, gritos e discussões. Porque ainda somos nós, mesmo que não sei quantos anos se tenham colocado em cima de nós, dos nossos ombros e corações. Obrigada por estares sempre comigo, por ainda hoje me dizeres “tenho saudades tuas” e me dizeres que sou linda. Obrigada por me teres ajudado em tudo, e obrigada por me teres chamado à razão quando eu tinha os olhos fechados e o coração ferido. Obrigada por me teres ficado comigo. E é por isto que quando te vejo, e me vejo a mim, juntas, volto a ter imensas saudades. Só de pensar em todas estas coisas que escrevi aqui em cima, tenho saudades. Mas não são saudades más, são das boas. Daquelas saudades que nos fazem sorrir e nos enchem o coração mesmo que só pensemos nelas durante dez minutos, sabes do que te falo? Sabes certamente. E volto a trazer-te até aqui, até hoje. A ti e aos tempos em que estivemos sempre juntas. E sempre é mesmo sempre, e não uma daquelas palavras que colocamos nas frases para quem elas soem melhor aos ouvidos e ao coração de quem lê. Obrigada, é o que me ocorre, para além das saudades, quando penso em ti. Espero ver-te em breve, encontrar-te por aí ou combinarmos ir beber café. Vou ficar aqui à tua espera, para rirmos juntas e conversarmos sobre tudo. Confia sempre em mim, porque o tempo e a distância fazem aquilo que nós deixarmos que eles façam. Vou gostar sempre de ti.

9 comentários:

  1. tal como eu também vou gostar sempre de ti. sabes bem. e este texto não podia estar uma riqueza maior.

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  2. Que bom de ler, tocou-me bem, vi-me em ti no que escreveste

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  3. Sabes pequena inês, eu senti que escrevi este texto também. LINDO!

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  4. O que te quis dizer, é que senti-me nas tuas palavras, parece que fiz delas minhas também.

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  5. ainda bem querida. é que senti tanto que escrevi isto para a rapariga que também sinto saudades. oh, que saudades... boa noite inês fofa. beijinho na alma ♥

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