Olá, pequenina. Há imenso tempo que não te vejo, e tenho mesmo
saudades tuas. Sabes, às vezes volto a abrir a pasta onde tenho as nossas
fotografias, e tenho ainda mais saudades. Porque o teu sorriso e o meu eram
felizes um com o outro, de verdade. Porque nós estávamos sempre bem, só porque
estávamos juntas e sabíamos que no que dependesse de nós nunca iríamos deixar
de estar. Mas não dependeu de nós. Dependeu do tempo que passou e das
circunstâncias, que trouxeram uma força maior do que nós para nos separar. E
agora tu estás aí, e eu estou aqui. Vivemos relativamente perto e
encontramo-nos de vez em quando, mas o resto foi-se com o vento, não voltou. Há
coisas que mudam, e que ninguém pode trazer de volta. Foram levadas por algo
mais forte. E já viste bem a força que tudo isto teve que ter para ser maior do
que nós? Da última vez que estivemos juntas, percebi que tanta coisa mudou.
Crescemos. E eu gosto muito de nos ver crescer. Gosto de perceber que afinal
não estou tão longe de ti, que ainda te percebo, e sobretudo que ainda te
conheço e tu me conheces a mim. Gosto de perceber que o teu sentido de humor
ainda não desapareceu, que o teu sarcasmo está grande e um menino bonito, que o
teu coração está cada vez maior e não rebenta. Gosto de ti, que tens tantos
segredos por contar, mas que não precisas de me contar tantos outros, porque eu
sei. Porque eu sei mais de ti do que me disseste em palavras. Porque eu te
conheço a ti, porque eu gosto de ti, que me dizes parvoíces e me dás beijinhos
logo a seguir, que te ris comigo até a doer a barriga, que me dás o braço para
andarmos lado a lado. Para sermos nós, depois de tanto tempo, de tanta coisa,
sorrisos, gargalhadas, choros, gritos e discussões. Porque ainda somos nós,
mesmo que não sei quantos anos se tenham colocado em cima de nós, dos nossos
ombros e corações. Obrigada por estares sempre comigo, por ainda hoje me
dizeres “tenho saudades tuas” e me dizeres que sou linda. Obrigada por me teres
ajudado em tudo, e obrigada por me teres chamado à razão quando eu tinha os
olhos fechados e o coração ferido. Obrigada por me teres ficado comigo. E é por
isto que quando te vejo, e me vejo a mim, juntas, volto a ter imensas saudades.
Só de pensar em todas estas coisas que escrevi aqui em cima, tenho saudades.
Mas não são saudades más, são das boas. Daquelas saudades que nos fazem sorrir
e nos enchem o coração mesmo que só pensemos nelas durante dez minutos, sabes
do que te falo? Sabes certamente. E volto a trazer-te até aqui, até hoje. A ti
e aos tempos em que estivemos sempre juntas. E sempre é mesmo sempre, e não uma
daquelas palavras que colocamos nas frases para quem elas soem melhor aos
ouvidos e ao coração de quem lê. Obrigada, é o que me ocorre, para além das
saudades, quando penso em ti. Espero ver-te em breve, encontrar-te por aí ou
combinarmos ir beber café. Vou ficar aqui à tua espera, para rirmos juntas e
conversarmos sobre tudo. Confia sempre em mim, porque o tempo e a distância
fazem aquilo que nós deixarmos que eles façam. Vou gostar sempre de ti.
tal como eu também vou gostar sempre de ti. sabes bem. e este texto não podia estar uma riqueza maior.
ResponderEliminaruma bela amizade*
ResponderEliminarestá tão bonito !
ResponderEliminarestá lindo inês!
ResponderEliminarQue bom de ler, tocou-me bem, vi-me em ti no que escreveste
ResponderEliminarobrigada eu querida.
ResponderEliminarSabes pequena inês, eu senti que escrevi este texto também. LINDO!
ResponderEliminarO que te quis dizer, é que senti-me nas tuas palavras, parece que fiz delas minhas também.
ResponderEliminarainda bem querida. é que senti tanto que escrevi isto para a rapariga que também sinto saudades. oh, que saudades... boa noite inês fofa. beijinho na alma ♥
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