31.8.11

Voltaste esta tarde, depois de meses e meses de viagens, sem parar, sempre em andamento. Corri para ti como uma criança, não sabia estar mais tempo sem ti. Senti-te o cansaço nos olhos e nos lábios que beijaram os meus. A forma do meu abraço alterou-se, moldou-se à tua. Os nossos abraços foram só um. Senti-te de novo comigo, e lembrei-me de repente que afinal ainda sabia o que era ter-te perto. Voltaste, depois de vidas inteiras a passar por ti, depois de vidas inteiras que deixaste correr ao vento e de outras que agarraste e manténs contigo. Quero que me fales de tudo isto, quero conhecer quem foste, de quem te fizeste nos últimos meses. Trazes, de certo, novas histórias dentro de ti. Deixaste com certeza outras perdidas nas ruas das cidades que foram tuas durante estes tempos, de um tempo que ainda é nosso. Corri para ti, e não me lembro do teu primeiro beijo. Estava dormente, não me sentia, nem a ti. Senti depois o teu segundo e terceiro e quarto beijo, de não me parares de beijar, de deitares para fora de ti todas as saudades que tinhas guardado para mim.

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