
Mentiras. Olá, dia um de Abril. Olá, Abril. Sê bem-vindo. Começas com as mentiras, já viste? Corres o risco de que te encaremos como uma mentira, também. És como certas pessoas. Cobrem-se com máscaras e mais máscaras, coisas sem sentido, capas que não são fortes e que caem à mínima ventania. Cobrem-se com mentiras, com coisas que nunca serão verdade. A maior parte das pessoa arranja mil e uma coisas para esconder aquilo que realmente é. Preferem parecer a ser de verdade. Preferem as máscaras, as aparências, as mentiras. No fim, acabam por ser sempre as mesmas. No fim, acabam por ser um ciclo vicioso. Escondes-te, depois habituas-te e no fim mentes para não te descobrirem realmente. É um ciclo vicioso no qual tu não podes entrar, Abril. Não queiras ver a vida com esses olhos. Não sejas assim. Não queiras aceitar tudo o que te dão, só porque é mais fácil e está pré-estabelecido. Não é assim que vais ser feliz comigo, Abril. E eu preciso que sejas. Preciso que fiques, e me dês paz. Me dês sossego, momentos bons, sorrisos, gargalhadas, palavras e mais paz. É de paz que eu preciso sobretudo. E de amor. Precisamos sempre de amor. Não preciso das máscaras, nem das aparências e das ilusões, nem das mentiras. Não gosto delas. Também não devias gostar. Uma coisa é mentir uma vez por acaso, porque tem que ser e é mais forte que nós. Outra é fazer disso um ideal, reger a nossa vida em torno de mentiras. As mentiras não te levam a lado nenhum. Só te prendem à vida de mentiras sobre a qual te tentas convencer de que é verdade, mesmo sabendo que até isso é mentira. E agora no fim, gostava de ter algo para te dizer, Abril. Mas não sei. Nunca sei. Mentir, também é ter medo. Medo de encarar a realidade, medo de que ela seja mais forte do que tu e não te consigas aguentar. Mentir é ter medo, porque ao mentir escondes-te de tudo. até do medo. Mas não sei. Nunca sei. Não quero mentir mais. Das vezes que menti, a maioria delas foram involuntariamente, por extrema necessidade ou apenas por brincadeira. Não fiz por mal, Abril. Gosto que sejam sinceros comigo, e sincera com os outros são também. Hoje, dia um, espero bem que não me tragas dias maus. Tristes, com mentiras e solidão. Nunca escrevi para um mês, nem mesmo para Março, que foi ele que me trouxe ao mundo. Considera-te feliz porque agora te peço que não me deixes ficar sozinha. Não quero ficar sozinha. Quero que me ajudes, Abril.
aw, está tão lindo e original. adoro, adoro mesmo <3
ResponderEliminarE tu, explica-me lá como é que tens sempre as palavras mais bonitas para nos dar.
ResponderEliminarÉ mesmo, Inês.
ResponderEliminarbom dia, inês.
ResponderEliminarAdoro, está mesmo bonito!
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