19.3.11

Às vezes, faz-te bem. Ires, sem saberes. Ires, sem conheceres. Só porque sim, porque precisas do teu espaço e do teu tempo. Sozinha, mas sabes que por mais que queiras nunca estás sozinha. Há sempre aquela pessoa em que pensas a toda a hora, com quem queres sempre estar. Aquela pessoa que não te sai do coração, nem da alma, nem do pensamento. Vive contigo, vive em ti. E quando isto acontece, acontece sempre. Há sempre aquele sítio, aquele objecto que te lembra coisas. Coisas más, ou coisas que te encham o coração e te façam chorar de felicidade. E há sempre aquele pensamento que foge do seu sítio para voltar até ti. Para voltar para ti e te fazer pensar e pensar. Não gostas desses pensamentos, pois não? Nem eu. Remexer no passado, às vezes, pode doer demais. Traz-te à memória coisas que tu querias guardar, bem lá no fundo. Mas olha sempre que essas recordações e pensamentos e memórias voltem, escreve. Escreve. Remexe no passado, e a seguir escreve. Passa para o papel todas as energias que acumulaste em ti. Escreve, mesmo que não te pareça bonito nem queiras mostrar a ninguém. Mas escreve, e depois lê o que tu escreveste. Tenta sempre. Não te canses. As palavras vão absorver tudo.

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