A casa silenciosa. A televisão com volume reduzido. Apenas a luz do computador. Sem sono. Vontade de cantar, falar, escrever. Vontade de ligar-te, mas tédio por não o poder fazer. Os pés frios, e as mãos também. Mãos frias, coração quente, amor para sempre. Mas não se aplica a mim. Não neste momento, em que preciso de ti. Preciso de ti para que me aqueças as mãos, para que mudes o sentido desta frase, porque na verdade eu não quero que ela seja verdade. Não quero que o nosso amor seja para sempre, quando mais nenhum o é. Não quero mentiras, não quero mais desilusões. Não quero que acreditar que dure para sempre, quando, na realidade, sei, à partida, que não vai resultar daquela maneira. Mas eu preciso de ti, para viver os momentos que quero viver contigo, e que também sei que queres viver comigo, os momentos que chegam antes do para sempre terminar. Preciso de ti, mais do que qualquer outra coisa, e não te tenho. Dói-me bem cá no fundo não te ter aqui comigo. Não literalmente, aqui ao meu lado no sofá, a ver a mesma série que eu. Sei que gostas de ver. Não queria que estivéssemos aqui lado a lado, a sentir o teu braço no meu, a tua mão na minha. Não queria, não peço nada disso. A mim, bastava-me que estivesses aí, na tua casa, em frente ao computador, para conversarmos. Para te perguntar como estavas, e para tu fazeres o mesmo. Para perguntares o que ando a fazer, e depois eu me rir com as coisas que me dizes. As coisas que queres que me façam rir, e sabes que é isso que acontece sempre. Nem é preciso dizeres grande coisa, basta apenas que digas. O meu sorriso gosta tanto de ti, que não lhe resiste.
adorei +.+
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