Eu nunca disse isto a ninguém. Talvez nunca tenha percebido que o senti antes, ou talvez nunca o tenho sentido. Assim. Um assim que é nosso. É bom e é bonito, é das cores que o quisermos pintar. Talvez nunca tenha tido ninguém na minha vida como agora te tenho a ti. Dou por mim a pensar que és tudo. A perceber que me fazes sentir como mais ninguém o consegue fazer. Conheces-me melhor que ninguém. Eu sei. Eu sinto-te de volta, e perto de mim. Gosto muito disso, não te vou esconder. Talvez nunca ninguém me tivesse feito mudar tanto, aprender e crescer. Mas sobretudo aprender a crescer. Talvez esteja apaixonada por ti. Sim, a sério, de um modo real. Estou no autocarro a caminho de casa, e não faço a mínima ideia de por onde andarás agora. O sol está quente hoje, estou a senti-lo na cara enquanto te escrevo. Sabe mesmo bem. Adoro sentir o sol e a chuva na cara, sabe-me bem e faz-me livre. Daquelas liberdades que não queremos nem podemos partilhar com a toda a gente. Mas contigo, eu posso e quero. E agora também queria muito que estivesses aqui. Queria apertar-te as bochechas e queria que ralhasses comigo, porque até disso eu já tenho saudades. Gostava quando ralhavas comigo, porque eu começa a dizer parvoíces e depois tu rias-te. Sentia-me tão bem. Quero dar-te a mão, sem ter que ouvir comentários alheios e vazios de tudo. Ou cheios de nada? Eu estou cheia de ti. Gosto demasiado de ti. Não foste o meu primeiro amor, mas és o primeiro que me faz sentir assim. E talvez nem seja só de ti. Pode ser do clima, da chuva e do sol que apanho na cara. Pode ser do meu coração, e do quanto ele mudou depois do primeiro amor. Pode ser de mim, que aprendi a amar. E talvez até possa ser da maneira como agora encaro o mundo. Estou mais directa. Estou diferente, mas nem por isso pior. Sinto-me bem assim. Eu gosto de ti. Quero abraçar-te, e quero dizer-te que gosto de ti. Ao vivo e a cores. Gosto de ti, gosto de ti, gosto de ti. Gostaria de ti mesmo se o mundo estivesse de pernas para o ar, e a terra girasse ao contrário. Até se fôssemos hippies, vivêssemos numa comunidade e tivéssemos que fazer almoço e jantar todos os dias. Eu não gosto de cozinhar mas, se fosse esse o caso, eu não me importava de ser hippie contigo. Mesmo nunca tendo achado graça nenhuma a isso. Sim, isto tudo, porque gosto de ti.
que coisa mais riquinha.
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