11.9.10

90.


Sabes o que é que me apetece fazer agora? Atirar-me para cima da cama, sem medo, e sem receios do que possa acontecer depois. Com os braços abertos, e a alma quase a sair cá para fora. Às vezes, até que gostava que ela saísse, sabes? Não me importava, até fazia questão. Que fosse passear, por sítios que só ela conhecesse, e onde mais ninguém conseguisse chegar. Não me importava que ela saísse, e apanhasse ar. Nem que ela sorrisse a outras pessoas, e lhes desse tudo o que a mim não me dá. Mas que depois voltasse, como quem volta de uma viagem que lhe encheu o coração, e me ensinasse tudo o que eu ainda não sei fazer. Tudo o que eu sei sentir, mas ainda não te consigo dizer.

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